I.
Etimologia
Etimologia
(origem) da palavra: “santo” significa: “separado”, não no sentido de
“afastado”, mas, de “destacado”, de “referência” ou “modelo” a ser imitado.
II.
Quem são os
santos e santas?
1.
Presenças
“vivas” de Jesus na terra: podemos dizer que Cristo “vive” ainda no mundo por
meio de seus santos e santas.
2.
Homens
e mulheres de fé, que souberam fazer de Deus e do Evangelho o centro de suas
vidas. Souberam dar o devido valor ao bem, à bondade, ao amor (amor doação,
amor serviço, amor dedicação) e à vontade de Deus.
3.
Benfeitores
da humanidade: médicos ou enfermeiros dos corpos e das almas; mestres de
espiritualidade; modelos de perseverança; auxílio e conforto para os
sofredores; educadores para a vida humana e cristã.
4.
Canais
da Misericórdia divina e para raios de sua Justiça.
5.
Intercessores
perante o Senhor (sua missão precípua e contínua)
6.
São
verdadeiros humanistas, humanitários e patriotas. Todo santo e santa ama a
humanidade, ama seu povo, sua gente e sua terra...
7.
Sem
a presença da santidade no mundo, a terra fica doente, a vida vazia, sem
sentido e a tristeza invade os corações. O homem e a mulher foram feitos para o
transcendente, para o eterno, para Deus...
III.
Comentários
a.
Os
santos e santas foram homens e mulheres que deixaram rastros indeléveis na história
humana. Assim como existiram homens e mulheres que deixaram rastros “do mal”,
eles deixaram rastros “do bem”, que jamais se apagarão, mesmo com o passar dos
séculos.
b.
Não
é um privilégio ou chamado apenas para papas, bispos, padres, frades, monjas ou
freiras...
c.
Leigos
e leigas, homens e mulheres, solteiros, casados, viúvos, funcionários públicos,
professores, profissionais liberais, empregados domésticos, donas ou donos de
casa, enfermos e saudáveis, todos nós católicos deveríamos ser santos e santas.
d.
Muitos
deles morreram há centenas de anos. Mesmo assim, seus nomes são lembrados e
reverenciados. Regiões inteiras, cidades, dioceses, paróquias, colégios,
hospitais, praças públicas, etc., recebem seus nomes.
e.
A
santidade é a vocação de todo católico e católica. Todos nós deveríamos ser
santos e santas, não somente “alguns”.
f.
Esses
“alguns” destacaram-se no meio da “multidão” por que a “luz” que deles emana a
todos ilumina. O “perfume da santidade” se espalha ao redor do santo e da
santa.
IV.
Metáforas da Santidade:
1.
Luz
(“vós sois a luz do mundo”)
2.
Água
(dá a vida, limpa, mata a sede, refresca)
3.
Perfume
(agradável; espalha-se; fixa-se; alegra)
4.
Formosura
ou beleza
5.
Tempero
(vós sois o "sal da terra”)
6.
Fogo
(cáritas = amor ardente)
7.
Sopro
divino
V.
Como ser um
santo ou uma santa?
Gosto muito da
explicação daquela música do padre Zezinho:
1.
Amar
como Jesus amou;
2.
Pensar
como Jesus pensou
3.
Sonhar
como Jesus sonhou;
4.
Viver
como Jesus viveu;
5.
Sentir
o que Jesus sentia;
6.
Sorrir
como Jesus sorria...
7.
E
ao chegar o fim do dia eu sei que dormiria muito mais feliz: isto é, a certeza
da minha amizade com Deus e do dever cumprido.
VI.
Mau conceito do
termo “santidade”
Então, por que
existe certo “preconceito” em relação à santidade:
Por causa da conotação
que se deu à palavra. Muitas vezes o termo “ser santo” ou “ser santa” é usado
com um sentido pejorativo:
a.
“Beatice”
ou “pieguice”
b.
“Esquisitice”
c.
Melancolia
ou tristeza
d.
Ideal
impossível de ser alcançado.
e.
“Milagreiro”.
VII. Sentido
real da santidade
Ser
santo não tem nada a ver com “tristeza”, “ser esquisito ou estranho”, ser uma
pessoa isolada do mundo.
O
santo e a santa são pessoas normais, com qualidades e defeitos que, no
entanto, quiseram fazer de Deus o verdadeiro centro de suas vidas.
Vivem a vida “normal”, “ordinária” e comum dos homens e mulheres, porém, com um “tempero”
novo, o de Deus. Um pai e uma mãe de família cristãos, cumpridores de seus
deveres, piedosos, que fizeram de Deus o centro de sua vida de casal e de
família, podem ser muito mais santos que muitos bispos, padres ou freiras...
Quando
soldados romanos perguntaram a São João Batista o que deveria fazer para
salvar-se, a resposta foi muito simples: “Não
pratiqueis violência nem defraudeis a ninguém, e contentai-vos com o vosso
soldo” (São Lucas 3, 14). Isto é, viver honestamente, praticando o que é
correto, dando bons exemplos, sem apegos às coisas do mundo: isso são sinais de
santidade.
Assim,
resumindo, o santo e a santa são pessoas que vivem o que Deus quer que elas
vivam de acordo com cada estado de vida: solteiro (a), casado (a), viúvo (a), celibatário
(a), clérigo, religioso (a), fazendo o bem, espargindo o bem, sendo um bom
(boa) cidadão, numa vida honesta, íntegra, irrepreensível, etc.
Não
significa que devam ser tristes, sérios ou infelizes. Muito pelo contrário! Viver
por Deus, com Deus e em Deus deve nos fazer muito felizes, espontâneos,
desanuviados e tranquilos. “Um santo triste é um triste santo”, já dizia e
repetia o grande Dom Bosco, em meio a seus amados jovens. A vida cristã não
deve ser encarada como penosa, cansativa ou entediante. Se ainda pensamos
assim, temos que nos “reciclar” e mudar totalmente nosso conceito de santidade.
(Giovani Carvalho Mendes, ocds)
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