Eu sou Jullia
Márcia da Paz, do Grupo São José de Petrópolis – Rio de Janeiro. O “X Encontro
de Jovens da OCDS” iniciou-se para mim há 8 anos atrás, pois aos 14 anos
iniciei a minha caminhada pela descoberta da minha vocação, ou seja, pela
vontade de Deus para minha vida. Meu primeiro passo foi uma novena de Santa
Teresinha – da qual recebi uma rosa como confirmação – e foi ela que me
acompanhou durante todo meu processo vocacional. Não saberia datar quando
conheci o Carmelo Descalço nem quando tomei Santa Teresinha por amiga e
intercessora, pois devido à minha mãe – Estela Márcia, também do Grupo São José
– sempre os tive presente. Mesmo neste contexto, passei por diversas
congregações e comunidades tentando encontrar-me.
Até que aos 18
anos conheci o Carmelo São José de Petrópolis – visto que já conhecia o Carmelo
do Espírito Santo de Teresópolis – e suas monjas, gerando em mim profundo
encantamento e conformidade de alma. Só assim pude perceber que em um caminho
vocacional pouco importa o serviço e sim a espiritualidade, já que é a oração
que nos une ao Amado e se estamos unidos à Ele, as diversas atividades e
trabalhos para o Senhor não farão diferença.
Em 2012, a Madre Bernadete nos
apresentou a OCDS e demos início ao Grupo São José, porém não pude dar continuidade
às reuniões tendo que me afastar no ano seguinte. Uma decisão difícil, mas
acertada para o momento, já que eu estava iniciando uma pós-graduação latu sensu, que exigiu muita dedicação.
Esta decisão foi tomada a partir palavras de Antônia, conselheira RJ, que
ficaram registradas em mim: “A OCDS deve ser prioridade em sua vida”.
No ano
presente, ao fazer os primeiros contatos sobre o Encontro e minha inscrição,
pedi ao Senhor e comentei com os mais íntimos que este seria meu retorno à OCDS
e que se Deus quisesse já estaria com minha monografia pronta e livre da
pós-graduação. A providência de Deus foi fantástica, pois no decorrer de minha
pesquisa sempre encontrava entre meus livros uma foto da Serva de Deus, Madre
Carminha de Tremembé, e resolvi abraçá-la como minha intercessora nesta reta
final. Na semana do Encontro, por sua intercessão e graça de Deus, consegui
entregar meu texto monográfico à minha orientadora. Para completar minha
gratidão, durante o encontro estivemos no Carmelo da Santa Face e Pio XII,
oramos sobre seu túmulo e ganhamos relíquias de Madre Carminha.
Dentre tantos
momentos importantes que poderia citar sobre o Encontro, destaco a dinâmica
oracional sobre as Sete Moradas da Santa Madre, Teresa de Jesus. Defino-a como
fascinante e surpreendente. Ao caminharmos por cada morada com Teresa e Jesus,
minha história transcorria frente meus olhos e sentia saudade de tudo o que
ainda não vivi. Ao ouvir cada música e cada pensamento da Santa Madre, minha
alma ardia em desejo de encontrar-me e encontrar Nosso Senhor. Ao receber as
chaves da terceira morada, me senti pequena e sedenta do Amado, d’Aquele que
devo completa obediência e que me ensina a humildade. E por fim, ao entrar
naquela “sala quatro” após passar por todas as moradas e ver Jesus Sacramentado
dentro de um castelo, relembrei o quanto sou amada, mesmo em minhas misérias.
Este foi o auge do Encontro, afinal, a todo instante a Comissão nos falava
sobre reconhecer-nos em Jesus e reconhecer Jesus em nós – “Mira que te mira”. Eu era aquele castelo, feito de frágil papel, e
nele habitava o Rei, em mim habita o Senhor.
Deixo assim,
minha gratidão a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que eu
chegasse até o dia de hoje e pudesse vivenciar a certeza de Deus em meu ser. Citar
nomes seria difícil, por isso rendo glórias ao Senhor, que recompensará com
justiça a todos que se doaram por Ele e para Ele nesse X Encontro de Jovens da
OCDS.
Carmelo de
Teresópolis com minha mãe Estela Márciaa e minha irmã Lizza Márcia.
Carmelo de
Petrópolis cm meus pais, Deynalmo José e Estela Márcia.
Jullia Márcia da Paz Moreira de Araújo
Grupo São José – Petrópolis RJ
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