Beata Elisabete da Trindade - 8 de Novembro

Vamos conhecer um pouco dessa jovem monja carmelita descalça que morreu com apenas 26 anos dos quais apenas cinco foram no Carmelo.

Elisabete nasceu em um acampamento militar em 18 de julho  de 1880.
Era filha de um Capitão. Desde menina distinguia-se por seu temperamento apaixonado,um tanto agressivo,temperamento forte mas marcado por uma grande sensibilidade.A morte de seu pai aos sete anos de idade marcou o ínicio de sua conversão.E uma mudança profunda de seu caráter.Desde os oito anos estudava música no Conservatório de Dijon.Seu talento precoce fez com que ganhasse o primeiro prêmio de piano do Conservatório com 13 anos de  idade.
Ela então vivia como qualquer  jovem de seu tempo e de sua idade.Era entusiástica, gostava do mar,das montanhas,dos amigos,de sua Igreja  e sua comunidade paroquial.Visitava os enfermos,dava aula de catecismo para as crianças e sobretudo todo o tempo estava rezando.Sua vizinha descreve Elisabete,cujo o nome significa” casa de Deus” como:” uma pessoa  muito simples e duma espantosa franqueza... muito querida pelas suas companheiras... muito alegre, muito musical... a sua doçura refletia –se -lhe no olhar extraordinário e luminoso... a pureza transparecia-lhe no olhar”. A Senhora Hallo confirmará o esplendor do olhar de Elisabete, especialmente quando voltava da comunhão: “nunca poderei esquecer o seu olhar. O rosto de Elisabete, quando voltava da comunhão, não se pode explicar”.
Aos 21 anos ingressa no Carmelo Descalço na Cidade de Dijon na França,cidades de seus pais.Teve um período radiante como postulante mas ao ingressar no noviciado  teve um período muito difícil.Até professar os votos em 11 de janeiro de 1903 na Ordem dos Carmelitas Descalços.
Com sua vida e doutrina, breve mas sólida, exerce grande influência na espiritualidade atual, especialmente por sua experiência trinitária. Em sua obra distinguem-se: Elevações, Retiros, Notas Espirituais e Cartas.
Foi beatificada pelo papa João Paulo II, no dia 25 de novembro de 1984, festa de Cristo Rei. Sua festa é celebrada no dia 8 de novembro.
Foi  em 1904 que compôs a famosa oração:”meu Deus Trindade santa que eu adoro”
Elisabeth da Trindade tem um amor especial pelo silêncio, por ser marcada pela espiritualidade do Carmelo e porque o silêncio é o que a permite estar a sós com Deus. Para ela, a fim de poder viver com Deus, uma ascese do silêncio é necessária: na realidade calar todos os barulhos exteriores e interiores (a imaginação, a sensibilidade e o intelectualismo) que são obstáculos à presença de Deus. “Se meus desejos, meus temores, minhas dores, se todos os movimentos provenientes dessas quatro potências não são perfeitamente ordenadas a Deus, eu não serei solitário, haverá barulho em mim”. O silêncio, segundo a espiritualidade de Elisabeth da Trindade, não tem então um fim em si mesmo, mas procura permitir que a alma possa estar com Deus.
Em 9 de novembro de 1906, depois de 9 dias de agonia, Elisabeth da Trindade morre, como consequência da doença de Addison, una insuficiência renal. Mesmo durante a agonia física imposta por sua doença, ela deseja ser um Louvor de Glória a Deus e quer se identificar ao Cristo crucificado. Foi também durante as dores provocadas pela doença que ela escreve sobre o tema do Louvor de Glória após um pedido de sua superiora que via nisso uma grande novidade vinda de sua espiritualidade.
"Eu sou 'Elisabete da Trindade', ou seja, a Elisabete que desaparece , que se perde nos Três e se deixa invadir por eles"

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