DEUS ESTÁ VIVO: VIVA A VIDA!



Frei Patrício Sciadini, ocd.

NESTES DIAS, enquanto lá fora havia um calor danado, eu estava na biblioteca procurando algum livro para ler e me dei conta de alguns livros de mais de quarenta anos atrás, dos anos 60, onde a frase que se passava de boca em boca era liberdade de tudo e que Deus já estava morto e enterrado. Não havia mais nada que temer ou se preocupar com nada, o que importava era buscar a própria realização independentemente de todas as leis. O vento da liberdade sempre atraiu a todos. Os escravos sonharam com a liberdade e os prepotentes com a liberdade, mas o difícil é saber o que é a liberdade. No entanto a cada dia nos libertamos de algumas escravidões e nos encontramos amarrados e prisioneiros de outras escravidões que nos oprimem.

Quando o homem grita que Deus morreu é porque o mesmo homem morreu há muito tempo. É um cadáver ambulante que não sabe quem é, para onde vai e nem de onde vem. Há uma pergunta que até hoje e nunca o homem saberá responder: “de onde eu venho?” As hipóteses da origem do ser humano desligada de Deus se perdem no nada, porque não têm onde se apoiar. Nada se poderá apoiar no vazio, no nada, é preciso que haja algo para se sustentar, este alguém deve ser criado por Alguém capaz de criar do nada, este Alguém se chama se Deus. A presença de Deus a mim não perturba, me plenifica e nem me torna “fideísta”, isto é, que tudo deve ser explicado pela fé, como se a razão humana não valesse nada. Se as vezes o nosso povo beira o fideísmo mais absurdo, culpado, não é ele, mas somos nós, homens e mulheres de igreja de ontem e de hoje, que temos inculcado no povo que Deus faz tudo, que o que não se compreende é porque Deus não quer. Esta linguagem não funciona.

O ser humano é dotado por Deus de uma inteligência maravilhosa, capaz de desvendar os mistérios naturais, de correr atrás da verdade encerrada no universo, mas ao mesmo tempo o ser humano deve saber que há limites à sua inteligência e capacidade de realizar. Ele jamais poderá assumir o papel de Deus e manipular a vida a seu prazer, divertindo-se com as células e fazendo do mistério da vida um brinquedo nas mãos de loucos cientistas. Sem Deus não há felicidade que dure, nos encontramos continuamente na encruzilhada onde não sabemos o que fazer, como diz o nosso ditado bem brasileiro: “se você fica o bicho come, e se você corre o bico pega”. Quem diria, por exemplo, que o mundo se encontraria numa crise econômica tão grande quando o dinheiro era já elevado a “deus onipotente” e a ele se tinham construído templos e catedrais que são os bancos mais charmosos que todos os templos dedicados ao verdadeiro Deus?

Quem diria que o ser humano, senhor de todos os meios da ciência, dominador da psique através da “deusa” psicologia, se encontraria no inferno de tamanha depressão onde não sabe o que fazer a não ser encher o vazio humano com remédio e injeções ou “droguinha” enganadora? Deus não está morto, ele está vivo e somente os que o encontram vive na alegria, despojando-se de tudo. As coisas nos oprimem e Deus nos liberta de tudo e de todos os senhores passageiros. Nunca me senti tão livre como quando decidi me dar totalmente a Deus, nada me falta. Quando me sinto quem sabe triste vou ao meio dos pobres e vejo que com quase nada sabem construir a felicidade. Não se esqueça, a felicidade está dentro de você e o caminho para chegar a ela se chama Jesus, caminho, verdade e vida. E a felicidade plena se chama Deus, nunca nos esqueçamos disto.

Encontros

I Encontro de Jovens em Piumhi - MG, em 2.004.

Tema: “Como Pássaros, Sentinelas da Manhã.”


“Sede como pássaros que ao pousarem um instante sobre ramos muito leves sente-nos ceder, mas cantam. Eles sabem que possuem ASAS!”

II Encontro de Jovens em Itaici - SP, em 2.005.

Tema: “Descalça-te!”

III Encontro de Jovens em Caratinga - MG, em 2.006.

Tema: “Busca-te em Mim!”


IV Encontro de Jovens em Belo Horizonte - MG, em 2.007.

Tema: “Não quero ser Santa pela metade.”

V Encontro de Jovens em Belo Horizonte – MG, em 2.008.

Tema: “Estar a sós com Aquele que sabemos que nos ama.”

VI Encontro de Jovens em Itapetininga - SP, em 2.009.

Tema: “Reconhecendo – te em Cristo!”

VII - Encontro de Jovens em Fortaleza - CE, em 2.010.

Tema: "O Mundo é meu Carmelo."

Mensagem


Precisamos de Santos

Precisamos de Santos sem véu ou batina.

Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.

Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.

Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.

Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.

Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.

Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.

Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.

(João Paulo II)

Frei Antonio Júnior Gualberto, OCD



VII Encontro de Jovens OCDS – Fortaleza-ce – Julho de 2010

Frei Antonio Júnior Gualberto, OCD


Pistas para aprofundamento da Antropologia Teresiana

1. O ser humano como Habitação de Deus (mistério da inhabitação)
2. Jesus: modo diferente de SER\ORAR (com intimidade-Abba). Todo humano todo divino. Plenitude de humanidade.
3. A simbologia Teresiana na forma como Teresa pensava o ser humano. Visão de si como visão do que Deus é. Como Teresa de Jesus ver o ser humano: de Deus: vocação à plenitude; em Deus: vocação à unidade (que seja UM em nós); para Deus: vocação à comunhão.
4. Simbologia Teresiana: jardim, castelo, caminho, lagarta e crisálida, esposa...

INHABITAÇÃO DIVINA

• A inhabitação traduz a idéia da presença de Deus na pessoa. Esta presença sobrenatural realiza no cristão pelo Espírito Santo, nos tornando templo do Espírito (1Cor 3,17; 2Cor 6,16) e morada de Deus (Jo 14,23).
• Ela se dá como finalização do processo: aliás, a inhabitação, na perspectiva da Revelação, aparece tanto como cume da vida espiritual como fonte e raiz da mesma.
• Santa Teresa propõe a presença divina em nós como fundamento do itinerário espiritual. Ir ao encontro d´Ele em nós.
• Na realidade não se trata de uma presença nova, mas de uma experiência nova (ABERTURA DE CONSCIÊNCIA DO QUE SE É), em que aflora na consciência humana as verdades frontais da fé que fundamentam a vida cristã.
É um conhecimento interior, que ajuda no crescimento da fé. É uma profunda experiência que abre a consciência para uma profunda inteligência e vivência da fé (Mt 1,6-7).
• É um estado especial de comunhão pessoal com as pessoas divinas, que sustenta e alenta o duro processo de purificação e regeneração que atravessa a pessoa humana ao largo do caminho espiritual.
• O mistério trinitário pode ser vislumbrado em categorias antropológicas (comunicação, entrega, dom, acolhida, relação pessoal, gozo, agradecimento, amor).
• A vida trinitária de Teresa é o reconhecimento nela da presença da trindade, a comunicação das pessoas divinas e sua companhia permanente.

JESUS: Modo diferente de ser, de orar.

• Jesus é o centro gravitacional da vida nova e de toda a história salvífica de cada pessoa. Configuração com Cristo.
• Para Teresa de Jesus o Ressuscitado vive nela, e ela é convencida de que Ele a tem amado, e ela responde a esse amor com amor: um amor esponsal.
• Para Teresa Jesus é o Cristo da fé, revelado na Palavra, na Eucaristia, nos irmãos.
• Toda a experiência mística de Teresa é cristofânica, que revelou a ela o rosto de Jesus, a beleza de sua humanidade, o mistério de sua divindade.
• Cristo Esposo é o Cristo do Amor. Teresa ver em Jesus a suma expressão de seu amor esponsal.

SIMBOLOGIA TERESIANA (linguagem)

• Recurso aos símbolos é uma necessidade expressiva frente à inefabilidade da experiência religiosa profunda. (Os símbolos são limitados e insuficientes).
• É precisamente essa impotência expressiva ou a precariedade sêmica dos vocábulos profanos o que lhe faz recorrer à mediação simbólica.
• Relação com Deus como esposo: o símbolo esponsal (sumo).
• Símbolo mais elaborado: o castelo da alma, imagem de todo processo espiritual que desenha a estrutura do ser humano (corpo\alma\espírito\centro da alma\relação do homem com Deus transcendente e imanente\inhabitação-morada de Deus na alma).
Mariposa: processo místico de união íntima com Deus – transfiguração mística.

Santa Teresinha


Poesia
P 34: JOGAR FLORES



Em todas as tardes de junho de 1896, depois de Completas, Teresa e as cinco jovens irmãs do noviciado se encontram em torno da cruz de granito do pátio. Elas recolhem pétalas de vinte roseiras e lançam-nas ao Crucifixo.
A última etapa de toda a sua vida de amor será cantada em Uma rosa desfolhada (P 51). O anúncio imagético de sua missão póstuma, “uma chuva de rosas” (CA 9.6.3), desvela – ou melhor, não deveria velar – a única ambição de Teresa, no céu e na terra: amar Jesus e fazê-lo amar.

Jesus, único Amor, ao pé de Teu Calvário,
Que prazer para mim, à noite, jogar flores!…
Rosas primaveris1 por Ti despetalando,
Quisera enxugar Teu pranto2.
Atirar flores é ofertar as primícias
De pequenos gemidos e de grandes dores.
Alegrias e penas, leves sacrifícios,
Estas são minhas flores!3…

Com a alma enamorada4 de Tua beleza,
Quero dar-Te, Senhor, meus perfumes e flores.
E, atirando-as por Ti, sobre as asas da brisa,
Quero abrasar os corações!…
Jogar flores, Jesus, eis aí minhas armas
Quando quero lutar5 para salvar pecadores;
Nesta batalha venço… e sempre Te desarmo
Com minhas flores!…

As pétalas da flor, acariciando Tua Face,
Vão dizendo que é Teu este meu coração.
Compreendes o que diz minha rosa esfolhada
Sorrindo ao meu amor!
Jogar Flores, repetindo Teus louvores,
Só tenho este prazer neste vale de dores…
Daqui a pouco, no céu, estarei com os Teus anjos
Jogando flores!…



P 51: UMA ROSA DESFOLHADA

Poucos místicos foram tão longe quanto Teresa, minada pela doença, no limite das forças, oferecendo seu nada, lançando-se aos pés de Jesus, num ato de puro e total amor. Assim a vemos: sem pedir nada, abandonando-se, quase no além-morte, pode-se dizer quase no além-amor.
A partir de maio, Teresa já não pode mais participar da liturgia floral das noviças (cf. P 34). Ela vai renunciando aos atos comunitários um após o outro. Só uma tarefa suprema ela conserva: “Devo morrer”. Morrer desfazendo-se ao correr dos dias, como uma rosa que se despetala. Na oblação mais absoluta, sem partilha, sem procura, sem lamento, sem encenação, sem arte. Sua generosidade rivaliza com sua delicadeza, e a doação de sua vida se traduz em mansidão sob o pezinho de Jesus Menino, sob os últimos passos do Homem das Dores.
O símbolo da rosa desfolhada, hoje em desuso, mantém-se aqui em sua patética beleza, na autenticidade do vivido.
Teresa não está pensando em se dar a Jesus, mas em desfolhar-se sob seus pés, em morrer dissolvendo-se. “A rosa em seu fulgor pode embelezar a festa, mas a rosa desfolhada é simplesmente lançada ao sabor do vento. A rosa desfolhada se dá para não ser mais. Cúmulo do abandono. Essa é a prova última do amor, sem saber o que Jesus fará. Teresa não passa de uma rosa desfolhada, ou seja, nada.
Para Teresa, amar é dar-se sem esperança de paga. Meu desejo é ser desfolhada para sempre, para agradar ao bom Deus.


Jesus, quando Te vejo, em Tua Mãe apoiado,
Deixar seus braços
E ensaiar a tremer, nesta terra exilado,
Os Teus primeiros passos,
Diante de Ti quisera uma flor desfolhar
Em seu frescor,
Para ver Teu pezinho repousar sem dor
Sobre uma flor!…

A rosa desfolhada é a imagem verdadeira,
Divino Infante,
De uma vida que quer se imolar toda inteira
A cada instante.
Muita rosa deseja irradiar formosura
Em Teu altar,
Numa doação total… Busco ambição mais pura:
“Desfolhar-me!…”

Brilho de rosa torna uma festa luzente,
Ó Menino do céu;
Mas, rosa desfolhada, esta vai, simplesmente,
Do vento ao léu.
Uma rosa desfolhada entrega-se a seu dono
Para sempre, amém.
É como ela, Senhor, que feliz me abandono
A Ti também.

Sem susto a gente pisa em pétalas de rosa
Que vão morrendo.
Decoração sem arte e despretensiosa,
Assim o entendo…
A Ti foi minha vida, ó Jesus, consagrada
Com meu porvir.
Aos olhos dos mortais isto é rosa fanada:
Vou me extinguir!…

Por Ti devo morrer, Beleza1 eterna e viva
Que sorte de ouro!
Desfolhando-me dou prova definitiva
Que és meu tesouro!…
Teus passos infantis eu sigo, em meu fadário,
Vivendo aqui em Teus braços,
Pensando em suavizar, na estrada do Calvário,
Os Teus últimos passos!…

Dança do Caranguejo

GRATIDÃO.


Diariamente, a cada momento, temos uma razão para expressar nossa gratidão.
Todo momento tem um potencial criador, transformador. E mesmo em determinadas situações que nos parecem um castigo, futuramente, poderemos reconhecê-las como uma bênção.
Cada momento é um momento único e uma fonte de aprendizado. Se tivermos essa consciência, reconheceremos os “presentes divinos” que estão presentes em cada momento.
A humildade é a consciência de que tudo é parte do Todo. Tudo no Universo tem a mesma importância.
Pois somos todos, manifestações da mesma energia.
Sermos humildes é fazermos nossa parte sem nos preocuparmos com o reconhecimento, apenas pela satisfação de estarmos cumprindo nossa missão e termos consciência de que a nossa é, não mais e nem menos importante, que a missão de nossos semelhantes.
Obrigado por mais uma vez, podermos contar com a sua ajuda e colaboração.

A Comissão de Jovens da OCDS agradece à Comunidade de Fortaleza, aos Jovens e a todos que nos ajudaram neste encontro, com seu apoio, suas orações e sua presença.

Aos jovens a nossa gratidão pela presença alegre e entusiasta e que possamos ser o fermento vivo desta missão.

Que Deus abençoe a todos!

Sérgio.

JOVENS DA OCDS

A Ordem do Carmo é uma ordem religiosa católica que surgiu no final do século XI, na região do Monte Carmelo. A palavra "carmelo" significa jardim.
Conta a tradição que o profeta Elias se estabeleceu numa gruta, no Monte Carmelo, seguindo uma vida eremítica de oração e silêncio. Mais tarde, a Regra do Carmo foi sistematizada e proposta por Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém, e aprovada pelo Papa Honório III em 1.226.
No século XVI, na Espanha, Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz conduziram um processo de reforma do carisma da Ordem do Carmo. Deste processo histórico e místico surgiu um novo ramo: o ramo dos Carmelitas Descalços.
A Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares é um ramo da Ordem do Carmo, formado em 1.593, que resulta de uma reforma feita ao carisma carmelita elaborada por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz. Este ramo divide-se em três diferentes tipos de família carmelita: os Frades, as Monjas e os Leigos. A Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares é um ramo da Ordem do Carmo destinado ao grupo de leigos dos Carmelitas Descalços, os quais encontram-se assim sempre unidos em comunhão fraterna com os frades contemplativos e com as freiras de clausura da sua ordem religiosa. Este ramo também se baseia na reforma feita ao carisma carmelita elaborada por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz.
A Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares nasceu da vontade de algumas comunidades de leigos poderem fazer parte do carisma característico à das comunidades de religiosos consagrados da Ordem dos Carmelitas Descalços. Daí que, pouco depois da reforma do Carmelo, também se pudessem contemplar leigos como família carmelita. Os leigos Carmelitas Descalços Seculares assumem-se como "uma associação de fiéis que se comprometem a procurar no mundo a perfeição evangélica, inspirando e nutrindo a sua vida cristã com a espiritualidade e a orientação do Carmelo Teresiano" (artº 1 da Norma de Vida). Por outras palavras, o Carmelo Secular é constituído por leigos que procuram viver fielmente a sua vocação de batizados, pondo em prática o Evangelho com a ajuda da espiritualidade carmelita.
Os Carmelitas Descalços Seculares constituem-se em pequenas comunidades e "pertencem inteiramente à família carmelitana e são filhos da mesma Ordem, na comunhão fraterna dos mesmos bens espirituais, na participação da mesma vocação à santidade e da mesma missão na Igreja com a diferença essencial do estado de vida" (artº 1 da Norma de Vida).
Este é apenas um pequeno resumo da nossa história. Esperamos por vocês com muita alegria! Venham nos conhecer...
Jovens da OCDS.

JOVENS DA OCDS

Um pouco da nossa história

A Comissão de Jovens da OCDS nasce do incentivo de Frei Patrício, na tentativa de levar a Espiritualidade Carmelitana aos Jovens, durante a realização do XIX Congresso da OCDS, em São Roque - SP, com o objetivo de na força do Espírito Santo, gerar almas novas à Cristo.
A nova Comissão, assistida pela Província do Sudeste do Brasil, com o intuito e o comprometimento de levar uma nova e profunda experiência de Deus, transmitindo ao mundo jovem o profundo silêncio carmelita, buscando conhecer a espiritualidade dos nossos Santos, organiza com muito afinco o I Encontro de Jovens em Piumhi - MG, em Setembro de 2.004, com o Tema: “Como Pássaros, Sentinelas da Manhã”.
Foi um Encontro maravilhoso que ficou na lembrança de todos que lá puderam estar. E assim inicia - se um trabalho de caminhada em busca da Juventude Carmelitana...
Sabendo-se que não se pode parar no caminho, foi dada continuidade a este trabalho e junto com a Comissão de Presidentes e Mestres, em Itaici - SP, em 2.005, realizava-se o II Encontro de Jovens com o Tema: “Descalça-te”.
Era necessário o despojamento, tirar as sandálias e continuar o caminho, mesmo com as quedas e os espinhos, mas é preciso sempre seguir em frente.
Em 2.006, realiza-se em Caratinga- MG, o III Encontro de Jovens, como o Tema: “Busca-te em Mim”!
Foi um Encontro dinâmico, alegre e maravilhoso. De uma vivencia repleta da graça de Deus em nossas vidas. Foi um verdadeiro Buscar e Encontrar, no Nosso Deus de Amor.
Nessa caminhada de profundo aprendizado, vimos que não poderíamos nos reter apenas aos Jovens, e por graça de Deus, nos abrimos aos Jovens e também aos Iniciantes da OCDS, que começando a caminhar nas comunidades e a beber desta espiritualidade, puderam nos encontros de jovens, conhecer o Carmelo, que em nossos Encontros, lhes são apresentados de forma dinâmica e profunda. Nesta mesma dimensão, na Casa de Retiro São José, em Belo Horizonte - Minas Gerais, em 2.007, acontece o IV Encontro de Jovens e Iniciantes da OCDS, juntamente com o Encontro de Presidentes e Mestres.
Este Encontro teve como Tema: “Não quero ser Santa pela metade”, com a Vivência da Santidade nas pequenas coisas...

Em 2.008, acontece o V Encontro de Jovens e Iniciantes da OCDS, em Belo Horizonte – MG, na Casa de Retiro da Santíssima Trindade, juntamente com o Encontro de Presidentes e Mestres, sendo o Tema: “Estar a sós com Aquele que sabemos que nos ama” onde trabalhamos muito a Oração: Trato de amizade com Deus. Nesta mesma perspectiva e voltando - nos como era a primeira intenção, ao trabalho com os Jovens e não mais aos Jovens e Iniciantes, preparamos em 2.009 o VI Encontro de Jovens da OCDS, em Itapetininga – SP, na Associação Nossa Senhora Rainha da Paz. Trabalhamos com o Tema: “Reconhecendo – te em Cristo!” e o Lema: “A meu ver, jamais chegaremos a nos conhecer totalmente se não procurarmos conhecer a Deus!”, buscando assim em Santa Teresa de Jesus o autoconhecimento. O conhecimento em Deus para chegarmos a nos conhecer. Foi um encontro muito jovem e repleto da graça de Deus com direito a teatro sobre a história do Carmelo e muito mais.
Dando continuidade aos nossos encontros regionais, realiza - se em 2.010, em Fortaleza – CE o VII - Encontro de Jovens da OCDS com o Tema: “O Mundo é o meu Carmelo” e o Lema: “A Ordem Secular dos Carmelitas Descalços (OCDS) faz do mundo o seu Carmelo”.
Foi um encontro maravilhoso, com muitos jovens e Vocacionados, um encontro repleto da graça de Deus.
“O Carmelita Descalço Secular deve ser um apaixonado por Deus, desejoso de buscar o seu rosto e contemplá-lo no silêncio da oração”.
Frei Patrício Sciadini, OCD.
A missão evangelizadora da Comissão de Jovens e levar a Espiritualidade Carmelitana aos nossos jovens.
O Congresso já é uma tradição e o Encontro de Presidentes e Mestres é uma formação necessária. Vimos ai uma necessidade de um resgate da juventude para o Carmelo.
Os encontros são abertos e muitos jovens puderam beber da fonte de Elias.
Lançamos a semente e esperamos que pela graça de Deus, ela seja regada.
E assim, vamos caminhando e levando o Carmelo jovem aos muitos jovens que dele querem beber...
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo por todo amor dedicado a nós. Salve Maria!
Nossa missão evangelizadora é levar a Espiritualidade Carmelitana aos nossos jovens.

Sérgio do Sagrado Coração de Jesus e de Maria pela Comissão de Jovens da OCDS.

RECREIO TERESIANO FESTA NO CÉU

VII Encontro de Jovens OCDS


O VII Encontro de Jovens OCDS aconteceu de 16 a 18/07/10, em Fortaleza/CE, no Centro Inaciano de Espiritualidade-CIES (Igreja do Cristo Rei), tendo como Tema: “O mundo é meu Carmelo”, e Lema: “A Ordem Secular dos Carmelitas Descalços (OCDS) faz do mundo o seu Carmelo” (Frei Patrício Sciadini, ocd). “É sempre uma aventura responder ao chamado de Deus, porém Deus merece esse risco” – Santa Teresa Benedita da Cruz – Edith Stein.

Foi demais!!!!!!! Veja só porque:

NO DIA 16/07 (sexta-feira),
na chegada, recebemos uma pasta com o livro de músicas do Encontro, o livro “O mundo é meu Carmelo” de Frei Patrício (muito bom, logo no 1° cap. é posto que Jesus é nosso único modelo de vida, Aquele no qual devemos nos espelhar e buscar nossa identidade), uma caneta, um garrafa personalizada para colocar água, e um saquinho de jujuba. Todos seguiram para os quartos a fim de se acomodarem.
Às 18 h, na Capela, Ana Scarabelli (Presidente Provincial OCDS) fez-nos um convite “Vinde irmãos, vamos realizar o encontro da alma com o Amado”.

Em seguida foi celebrada a Santa Missa, que contou com a presença dos carmelitas descalços Frei Wilson, Frei Júnior e Frei Fabiano.

Na homilia Frei Júnior pontuou que o Carmelo é uma extensão do Céu, e a forma de SER Carmelita (revestido do Escapulário se coloca a serviço da humanidade na fraternidade com os outros), marca nossa vida para sempre; fez ainda, votos que o Encontro fosse verdadeiramente quente (cheio do fogo do amor de Deus).

Ao final da missa foi imposto o Santo Escapulário aos jovens que ainda não o tinham recebido, e entregue um livro que explica a razão dessa imposição (compromisso de vivenciar os passos de Nossa Senhora do Carmo). Seguimos para o refeitório, e tiramos muito proveito de uma das características do carmelita: comer santamente bem.
Às 20 h 30 m nos reunimos no auditório, e o Sérgio, membro ocds de Sete Lagoas/MG, nos falou que a Comissão de Jovens foi formada pela iniciativa de Frei Patrício, durante a realização do XIX Congresso da OCDS, com o propósito de levar a Espiritualidade do Carmelo aos Jovens, e em slides mostrou também a história dos Encontros anteriores.
Foi feita a apresentação de alguns dos organizadores (muitos outros colaboraram, com certeza) desse VII Encontro: o Sérgio; Ana Scarabelli e Paulo (esposo da Ana), ambos de Caratinga/MG; Efigência (presidente da Comunidade Rainha do Carmelo-Fortaleza/CE); Maria Ester (alegria total), Carlos (nosso fotógrafo de plantão), Elisa (esposa do Carlos) e Márcia que animaram tocando e cantando incansavelmente – os quatro de Itapetininga/SP.
Os jovens também se apresentaram: participantes da ocds Fortaleza, Itaitinga/CE, vocacionados e vocacionadas ao Carmelo, os sobrinhos (as) da Efigênia (que marcaram presença em bom número), além de adolescentes amigos do Carmelo (Tales, Wandinha...) e jovens de diversos outros locais, como São Luís (Kerlyne).
Depois de lida uma mensagem escrita pelo Frei Alzenir Debastini, ocd, desejando que Deus iluminasse o Encontro, Ana Scarabelli apresentou um teatro onde sonhava com Deus, questionava-se sobre o sentido do Amor de Cristo para os jovens. E citando os santos Teresa D’Ávila, Teresinha, João da Cruz, Beata Elisabete da Trindade, disse que as experiências destes com o Amor Divino não foram sonhos, mas realidade, e que as nossas também devem ser reais, devemos irradiar Luz, pois nascemos para Deus... “Vossa sou, para vós nasci, que mandais fazer de mim?”... Fomos dormir.

NO DIA SEGUINTE, 17/07 (sábado),
o dia começou com um acolhimento muito bonito, e dois convites. Um: “Vamos seguir o mundo com suas estrelas que brilham, Lady Gaga, Britney Spears....! Outro: “Vamos seguir Jesus e seu plano de salvação!”. Acolhendo o chamado de Cristo, optamos pela segunda proposta, e em um local aberto, em contato com a natureza, adoramos à Jesus Eucarístico. Colocamos, além de pétalas de rosas diante do Senhor, o nosso coração, nossos pedidos e agradecimentos. Já na capela, ainda em adoração, nos despojamos de nós mesmos.
Após o café, no auditório, louvamos a Deus com a dança do caranguejo (tinha gente que não conseguia mais parar de dançar, animação não faltou), segue um trechinho:
“Quando a saudade aperta, dói primeiro o pééé, passeio de caranguejo, depende da marééé. Não vou ficar chorando, vendo a vida passaaar, vou entoar meu canto, louvando com os anjos, até o sol raiar” (a coreografia é legal demais).
Dando prosseguimento à programação, tivemos uma palestra com Frei Wilson. Estando com as vestes carmelitas, apresentou e explicou suas partes: escapulário, túnica, capuz, e capa, esta usada em festas e solenidades. Antigamente a capa era listrada, depois, até os dias atuais, foi adotada a cor branca por ser mais discreta. Falou que a Espiritualidade Carmelitana é a do avental, do serviço ao irmão, e que o Espírito Santo nos auxilia movimentando, dinamizando esse servir, pois água parada escurece, perde sua oxigenação. Dando prosseguimento, afirmou que antes de sermos uma bela borboleta, somos uma pequena larva. Tornamos-nos bonitos quando, trabalhando nossa vida, construímos um casulo para rompê-lo e voar. Por fim, disse que no discernimento da vocação o importante é dialogar: saber falar o saber ouvir: “Eu não sei tudo, e o outro também não. Dialogando chegamos à uma comunhão, à verdade divina”.
Após rezarmos pela alma da Selma (ocds, Vargínia/SP), que faleceu depois de um longo período de doença, fomos para o intervalo.
Retornando, Ana Scarabelli, em sua palestra, falou de sua experiência, que tudo para ela para ela gira em torno do Carmelo, que a Espiritualidade Carmelita é a experiência daqueles que se enamoram de Deus, o Qual nos dá esperança de vida, Nos chama a meditar dia e noite sua Lei.
Em seguida, em torno de uma Imagem de Nossa Senhora do Carmo, nos colocamos como crianças nos braços do Pai (o Luciano – ocds, Fortaleza/CE – simbolizou esse momento, segurando no colo uma das suas filhas).

Após dançarmos mais uma, duas, três.......vezes a dança do caranguejo, ao meio-dia, foi servido o almoço: difícil dizer o que estava mais gostoso, tudo sempre muito bem preparado pela turma da cozinha: Dona Zilda e Dona Edivany (senhoras da casa de retiro); Regina, Rosângela, Ana Stela, Valdete, Marília, Livramento, Natália, Fátima Castro, e outras pessoas que ajudaram indiretamente (ocds, Fortaleza).

Às 14 h, no auditório, contamos com a presença da Irmã Bernadete do Carmelo de Santa Teresinha de Fortaleza. Contou que em sua experiência de discernimento vocacional, abandonou tudo no seguimento de Cristo. Disse que a pessoa que ama a Espiritualidade Carmelitana e nela se encontra, o objetivo deve ser ENTRAR E PERMANECER no Carmelo. Respondeu a algumas perguntas feitas pelos jovens e falou que estava intercedendo pelo Encontro.
Depois o Frei Júnior dividiu os participantes em grupos para estudo da vida dos seguintes santos: Edith Stein (recebemos uma revista sobre a história dela: “Edith Stein, a Loucura da Cruz – Waltraud Herbstrith), Teresa D’Ávila e Teresinha de Jesus. E na sua palestra, o mesmo considerou que o Carmelo é a Espiritualidade do Coração (centro das decisões), e que devemos nos decidir pelo Salvador de nossas almas. Ainda citou as características que definem a pessoa como imagem e semelhança de Deus: inteligência, liberdade e consciência. (Durante as palestras sempre era passada uma cesta com balas, bombons e pirulitos).
Depois de um intervalo, rezamos o terço missionário diante de uma imagem da Virgem do Carmo, celebramos a Santa Missa, jantamos (sobre as mesas sempre tinha cartões com frases de nossos santos carmelitas), e num momento de grande descontração participamos do RECREIO TERESIANO.

Cada um se fantasiou, se enfeitou (ou desenfeitou), de um jeito diferente, para juntos dançarmos músicas dos anos 70, do Balão Mágico... A animação dos sobrinhos (as) da Efigênia empolgou; Maria Luiza deu um show de alegria, e o Flávio (ambos ocds, Fortaleza) arrasou na escolha das músicas e com o modelito de calça de pijama sobre a jeans.

Dançamos o Carmeletion e assistimos à apresentação do JT–JORNAL TERESIANO: Maria Luiza (Fátima Bernades), Frei Júnior (William Bonner), a repórter semi-analfabeta Ana Scarabelli, e a desorientada moça do tempo, Ruth Leite (ocds, Fortaleza - esposa do Luciano), nos fizeram chorar de tanto rir... Logo depois, nossas camas nos esperavam.


NO ÚLTIMO DIA (ÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!), 18/07 (domingo),
às 7 h 30 m fizemos uma oração na Capela. Na palestra do Frei Fabiano, vimos que a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem do Monte Carmelo, tem a Mãe de Jesus como modelo dos Carmelitas, modelo do “SIM”.

O Frei indicou que nosso relacionamento com esta Senhora do Silêncio e da Escuta (a qual soube viver a solidão sonora, que produz frutos) deve ser fervoroso, forte e sincero. Distribui panfletos da Série Espiritualidade, os quais trazem resumos da vida dos Santos e Beatos Carmelitas

Os jovens foram divididos em equipes e apresentaram pequenos teatros resumindo a vivência desses dias, o que aprenderam e gostaram mais (não faltou, claro, a dança do caranguejo). Já se perguntava quando seria o próximo Encontro!

Na Santa Missa, durante a Oração da Comunidade, os jovens agradeceram a Deus a oportunidade de participar desse VII Encontro tão divertido e alegre. Batemos a foto oficial, almoçamos (huuuuumm!!!!), e nos despedimos.

Nossos sinceros agradecimentos a todos que trabalharam arduamente; aos visitantes Renato, Cláudia, Adélia, Everton; aos que ajudaram direta e/ou indiretamente; aos que não puderam estar presentes, mas rezaram por nós; aos membros de outras Comunidades, os quais também contribuíram com suas orações; enfim, que o Coração do Pai Eterno os guarde e santifique hoje e sempre! Obrigada!

Abraços fraternos,
Ceane Ribeiro (Maria José de Jesus Mazurek, ocds)

Mensagem de Frei Alzinir aos jovens

Caros Jovens participantes do VII Encontro de Jovens da OCDS,

Saudações e paz a cada um!
Com minhas preces e esta breve mensagem faço-me presente a este importante evento para o Carmelo Teresiano, nestes dias em que vocês se encontram em Fortaleza, “Terra do Sol”, para refletir sobre “O Mundo é meu Carmelo”.
Perguntava-me: Qual a essência do Carmelo, que permite vivê-la em meio ao mundo?
A resposta, encontro-a em Santa Teresa de Jesus (1515-1582). Ela recorda a cada um de nós que temos “um natural tão rico”, pois o “Sol da justiça” tem sua morada no mais profundo de cada pessoa humana e que esta é “capaz de comunicar-se com Deus” em amizade.
Em outras palavras é o chamado a viver a “grande dignidade” da oração para a busca da perfeição, que consiste em fazer a vontade de Deus. E Sua vontade se resume no amor a Ele e ao próximo, como Jesus, o “Capitão do amor” viveu e ensinou.

Para S. Teresa a essência da oração é o ser “servos do amor” a Deus que se traduz na prática de obras boas e virtuosas a Seu serviço, o ser bom para com os outros em qualquer circunstância e lugar onde se encontrar, pois “o verdadeiro amante em toda parte ama e se lembra do amado!” (Fundações 5, 16).

Assim, viver no mundo e fazer dele o Carmelo, implica em lutar por viver e implantar o verdadeiro Amor na família, nas amizades, no trabalho, no estudo, no lazer, na cultura, na política.... conscientes que ele brota da fonte que é Deus presente no interior de cada um de nós.

Caros Jovens: o Bom Deus os ilumine, a fim de que tenham um frutuoso e alegre Encontro: com Deus Fonte da vida e do amor presente no coração de vocês; com os outros, criando laços de fraternidade e de unidade no amor com o qual e “para o qual fomos criados”.
Agradeço de forma especial aos organizadores, equipes de trabalho e assessores por todo o serviço prestado: Deus os abençoe e recompense pela sua dedicação!
Que a SS. Virgem do Carmo, nossa Mãe e Irmã a quem celebramos no dia do início do Encontro seja acolhida no coração de cada um de vocês e ela os ampare com seu amor materno pelo sinal do Escapulário.
Um abraço fraterno,
Fr. Alzinir F. Debastiani OCD

S. Paulo , 15 de julho de 2010