Frei Antonio Júnior Gualberto, OCD



VII Encontro de Jovens OCDS – Fortaleza-ce – Julho de 2010

Frei Antonio Júnior Gualberto, OCD


Pistas para aprofundamento da Antropologia Teresiana

1. O ser humano como Habitação de Deus (mistério da inhabitação)
2. Jesus: modo diferente de SER\ORAR (com intimidade-Abba). Todo humano todo divino. Plenitude de humanidade.
3. A simbologia Teresiana na forma como Teresa pensava o ser humano. Visão de si como visão do que Deus é. Como Teresa de Jesus ver o ser humano: de Deus: vocação à plenitude; em Deus: vocação à unidade (que seja UM em nós); para Deus: vocação à comunhão.
4. Simbologia Teresiana: jardim, castelo, caminho, lagarta e crisálida, esposa...

INHABITAÇÃO DIVINA

• A inhabitação traduz a idéia da presença de Deus na pessoa. Esta presença sobrenatural realiza no cristão pelo Espírito Santo, nos tornando templo do Espírito (1Cor 3,17; 2Cor 6,16) e morada de Deus (Jo 14,23).
• Ela se dá como finalização do processo: aliás, a inhabitação, na perspectiva da Revelação, aparece tanto como cume da vida espiritual como fonte e raiz da mesma.
• Santa Teresa propõe a presença divina em nós como fundamento do itinerário espiritual. Ir ao encontro d´Ele em nós.
• Na realidade não se trata de uma presença nova, mas de uma experiência nova (ABERTURA DE CONSCIÊNCIA DO QUE SE É), em que aflora na consciência humana as verdades frontais da fé que fundamentam a vida cristã.
É um conhecimento interior, que ajuda no crescimento da fé. É uma profunda experiência que abre a consciência para uma profunda inteligência e vivência da fé (Mt 1,6-7).
• É um estado especial de comunhão pessoal com as pessoas divinas, que sustenta e alenta o duro processo de purificação e regeneração que atravessa a pessoa humana ao largo do caminho espiritual.
• O mistério trinitário pode ser vislumbrado em categorias antropológicas (comunicação, entrega, dom, acolhida, relação pessoal, gozo, agradecimento, amor).
• A vida trinitária de Teresa é o reconhecimento nela da presença da trindade, a comunicação das pessoas divinas e sua companhia permanente.

JESUS: Modo diferente de ser, de orar.

• Jesus é o centro gravitacional da vida nova e de toda a história salvífica de cada pessoa. Configuração com Cristo.
• Para Teresa de Jesus o Ressuscitado vive nela, e ela é convencida de que Ele a tem amado, e ela responde a esse amor com amor: um amor esponsal.
• Para Teresa Jesus é o Cristo da fé, revelado na Palavra, na Eucaristia, nos irmãos.
• Toda a experiência mística de Teresa é cristofânica, que revelou a ela o rosto de Jesus, a beleza de sua humanidade, o mistério de sua divindade.
• Cristo Esposo é o Cristo do Amor. Teresa ver em Jesus a suma expressão de seu amor esponsal.

SIMBOLOGIA TERESIANA (linguagem)

• Recurso aos símbolos é uma necessidade expressiva frente à inefabilidade da experiência religiosa profunda. (Os símbolos são limitados e insuficientes).
• É precisamente essa impotência expressiva ou a precariedade sêmica dos vocábulos profanos o que lhe faz recorrer à mediação simbólica.
• Relação com Deus como esposo: o símbolo esponsal (sumo).
• Símbolo mais elaborado: o castelo da alma, imagem de todo processo espiritual que desenha a estrutura do ser humano (corpo\alma\espírito\centro da alma\relação do homem com Deus transcendente e imanente\inhabitação-morada de Deus na alma).
Mariposa: processo místico de união íntima com Deus – transfiguração mística.

2 comentários:

  1. Gostaria muito ter a gravação desta palestra, é possivel?

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  2. Boa Tarde!

    Tentei postar o vídio, mas a internete não ajudou...
    Vou tentar novamente assim que pegar o pen drive que esta com a Irmãs.

    Logo, logo, estará aqui, nem que eu tenha que ir em uma lan...

    Abraços!

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