Jovens da OCDS

Valores



“Bendirei continuamente ao Senhor, seu louvor não deixará meus lábios”.
Glorie-se minha alma no Senhor; ouçam-me os humildes, e se alegrem.
Glorificai comigo o Senhor, juntos exaltemos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele me atendeu, livrou-me de todos os temores.
Olhai para Ele a fim de vos alegrardes, e não se cobrir de vergonha o vosso
rosto.
Vede, este miserável clamou e o Senhor o ouviu, de todas as angústias o livrou.
O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem, e os salva.
Provai e vede como o Senhor é bom.
Feliz o homem que se refugia junto dele.
Reverenciai o Senhor, vós, seus fiéis, porque nada falta àqueles que o temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
Mas aos que buscam o Senhor nada lhes falta.
Vinde, meus filhos, ouvi-me: eu vos ensinarei o temor ao Senhor.
Qual é o homem que ama a vida, e deseja longos dias para gozar a felicidade?
Guarda tua língua do mal, e teus lábios das palavras enganosas.
Aparta-te do mal e faze o bem; busca a paz e vai ao seu encalço.
Os olhos do Senhor estão voltados para os justos e seus ouvidos atentos aos seus clamores.
O Senhor volta à face irritada contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a lembrança deles.
Apenas clamaram os justos, o Senhor os atendeu e os livrou de todas as suas
angústias.
O Senhor esta perto dos contritos de coração, e salva os que tem o espírito
abatido.
São numerosas as tribulações do justo, mas de todas livra o Senhor.
Ele protege cada um de seus ossos: nem um só deles será quebrado.
A malícia do ímpio o leva à morte, e os que odeiam o justo serão castigados.
O Senhor livra a alma de seus servos;
Não será punido quem a Ele se acolhe.”
Salmo 33.

Vale a pena repetir o versículo 16: “Os olhos do Senhor estão voltados para os justos e seus ouvidos atentos aos seus clamores”.

Diante dos desafios e mistérios da vida, o homem que busca o seu apoio no Senhor nada temerá. Porém muitos são os que buscam, como razão maior de sua vida, o acúmulo de riquezas, o poder ou a beleza exterior. Triste sorte dos que confiam nestes falsos ídolos como fonte de vida, de paz e de amor.

“Nem a beleza, nem o poder dos ídolos podem igualar-se a essas maravilhas (de Deus). Eis por que não há motivo para crer nem proclamar que sejam deuses, já que não lhes é dado praticar a injustiça junto aos homens nem lhes outorgar o bem. Se admitis que não são deuses, não tenhais deles receio algum. Eles não têm a faculdade de amaldiçoar os reis nem de abençoá-los. Muito menos podem fazer com que no céu apareçam sinais aos pagãos; não brilham como o sol, nem alumiam como a lua”- Baruc 6, 62-66.
Conforme estrutura-se em nós esta ordem de valores, define-se as nossas prioridades e metas de vida. Caso creia que o dinheiro é o fundamental, orientarei o meu tempo e atividades para conquista-lo. O mesmo ocorre com a beleza física, o poder, o status, etc. Consumimos o nosso tempo precioso, muitas vezes, apenas com o que está externo, com o que se findará e não nos servirá de nada para a nossa eterna salvação. Deixamos até mesmo de viver o amor, o que deveria ser o centro, por nos deixar escravizar por um sistema que nos conduz a sermos meros produtores e consumidores.
Ao realizarmos pesquisas com crianças e adolescentes temos detectado uma triste realidade: elas pedem Paz! Muitas escrevem que não suportam mais as brigas familiares e quase 100% delas coloca como o bem mais precioso, a vivência do amor na família.
Todos sabemos que o ser humano precisa ser amado e amar para ser feliz, mas em uma sociedade que visa o lucro, esta vivência vai se tornando cada vez mais escassa. Trabalha-se muito, compra-se muito e nas poucas horas de convívio a televisão e o computador roubam o espaço. Quantas ilusões tem nos afastado do essencial.
Nesta roda viva aonde os “modelos” impostos para serem imitados são apenas “aparência”, encontramos garotos preocupados em vestir-se com determinadas marcas de roupas e adquirir aparelhos, motos etc. As meninas são vítimas de regimes alimentares cruéis, plásticas, academias para chegarem a ser objetos que serão usados e descartados.
A onde está o nosso valor? O que precisamos ter ou ser para sermos amados?
Será que temos consciência da grandiosidade da nossa existência quando Jesus afirma: “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo...”- Mt5?
Será que a altura, o peso ou os bens materiais de Jesus faziam alguma diferença no que Ele era e é? E Nossa Senhora, S. Paulo, Santo Antonio, S. Francisco de Assis?
Tudo isto torna-se nada quando comparado a existência maravilhosa destes. As pegadas que deixaram transformaram a história porque eram portadores de Graça de Deus.

Reflexões:

1- Aos olhos de Deus, onde está o nosso valor? O que precisamos fazer para alcançarmos à plenitude? Isto é acessível a todos?
2- Aos olhos de um mundo capitalista onde está o nosso valor? O que é preciso fazermos para o alcance da plenitude? Isto é acessível a todos?
3- Quais são as conseqüências pessoais de se ter como valores apenas os bens deste mundo? Conseguiremos nos amar? Quais as conseqüências sociais de um mundo que vive a inversão de valores? Se o dinheiro é um valor maior, isto gerará o desejo de acumulá-lo. Se uns poucos acumularem o que acontecerá com a maioria? E se ocorrer esta mesma inversão tendo em vista o poder ou o prazer?
4- Quais seriam as conseqüências pessoais e sociais se houvesse a busca dos valores propostos por Jesus no Sermão da Montanha, em especial nas bem-aventuranças (Mt5)?

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” Mt 6,33.

VI Encontro de Jovens da OCDS

Maria Inês (Psicóloga)

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